SRT comprova. Bancos negligenciam com a saúde

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Motivo de antiga e constante cobrança do Sindicato dos Bancários da Bahia, as condições de trabalho oferecidas pelos bancos aos trabalhadores estão longe do ideal. Muito pelo contrário. Prova disso são as recorrentes infrações às normas de segurança e saúde no trabalho.

Entre as regras mais violadas pelo setor bancário estão a NR 7 (saúde ocupacional), NR 17 (ergonomia), NR 24 (condições sanitárias), NR 9 (riscos ambientais) e NR 23 (risco de incêndio).

As infrações relacionadas à saúde ocupacional representam mais de 25% dos 235 autos de infração, registrados pela Superintendência Regional do Trabalho na Bahia, entre julho de 2016 e outubro de 2017.

Entre os bancos, o Itaú lidera as irregularidades, com 58 registros. A lista é seguida por Banco do Brasil (56), Bradesco (41), Caixa (41), Santander (13) e outros (26).

Os números mostram que, na busca cega pelo aumento dos lucros, os bancos menosprezam a saúde e a segurança do trabalhador. Como consequência do ritmo alucinante e exaustivo, bancários acometidos por doenças de cunho psíquico e osteomusculares.

Para piorar, muitas empresas ainda se recusam a emitir a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), cujo objetivo é informar a ocorrência de acidente ou doença de trabalho ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Atrelado às dificuldades impostas pelas organizações financeiras, o principal desafio é o PCMSO. O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional é tratado de forma burocrática e superficial, além de ter o papel reduzido a exames ocupacionais.

Os dados constam no Relatório Fiscalização das Condições de Segurança e Saúde do Trabalho Bancário em Salvador, junho de 2016 a outubro de 2017, apresentado em reunião na Superintendência Regional do Trabalho na Bahia, na tarde desta quarta-feira (23/05).

O encontro contou com a presença do chefe do setor de segurança e saúde da SRT, Maurício Passos, do auditor fiscal do trabalho, Fernando Vasconcelos, do presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, e do diretor do Departamento de Saúde da entidade, Célio Pereira.

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