Painel eletrônico será inaugurado em Brasília, como parte da campanha “Conhecimento sem cortes”, que critica o sucateamento das universidades públicas e dos institutos de pesquisa no Brasil
Para demonstrar a dimensão dos cortes de financiamento federal para as áreas da ciência, tecnologia e humanidades, um grupo de professores universitários, cientistas, estudantes e pesquisadores criou o “tesourômetro”, um painel eletrônico que mostra, em tempo real, o impacto dos cortes desde 2015, tendo como referência o orçamento federal aprovado naquele ano.
O painel será inaugurado nessa quarta-feira (9), na quadra 608 Sul, em Brasília. O ato será acompanhado de uma mesa de debate, na sede da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), às 17h.
O “tesourômetro” integra a campanha “Conhecimento Sem Cortes“, que critica a redução dos investimentos federais e o sucateamento das universidades públicas e dos institutos de pesquisa no Brasil.
Definida como uma “mobilização social aberta e supra partidária”, a campanha tem o objetivo de “monitorar e denunciar os cortes de orçamento e suas consequências negativas para a sociedade brasileira, além de sensibilizar a população para o que se produz nas universidades e nos institutos de pesquisa”.
A intenção é obter apoio da sociedade para pressionar o governo federal e assim garantir as condições necessárias para o funcionamento das instituições de ensino superior e de pesquisa.
“Os ambientes de ensino superior e de pesquisa científica são fundamentais na busca de soluções para combater a pobreza, a violência, melhorar a saúde e a educação da população e proporcionar maior eficiência e sustentabilidade socioambiental nos projetos que visam o crescimento do país e a diminuição das desigualdades”, explica o site da campanha.
Como resposta às propostas que defendem o pagamento de mensalidade em universidades públicas, como opção de financiamento, a campanha publicou um vídeo mostrando que 90% dos estudantes não poderiam arcar com essa despesa caso as universidades deixassem de ser gratuitas.
Source: SAIU NA IMPRENSA – 300