Um ano após a reforma, devedores não pagaram o INSS

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Após um ano de reforma da Previdência, a promessa do governo federal não foi cumprida, para variar. À época, Bolsonaro dizia que toda a população deveria se sacrificar. Mas, não foi bem assim. Os militares ficaram de fora, sem contar que os 500 maiores devedores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) seguem devendo trilhões aos cofres públicos.

O último levantamento revela que as dívidas dos maiores devedores da Previdência, como Vale do Rio Doce, JBS, Itaú, Caixa, Bradesco, em 2015, chegava a R$ 426,07 bilhões, de acordo com o Ministério da Fazenda.

Levantamento com os 500 maiores devedores do INSS, com dados atualizados até 2017, divulgada pela PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional), mostra que entre os maiores devedores estão companhias de aviação, bancos, grandes frigoríficos, entre outros.

Os grandes devedores da Previdência são parte do problema da dívida ativa que soma cerca de R$ 3 trilhões, o equivalente a 35% do PIB (Produto Interno Bruto). Como o governo Bolsonaro não se esforça para fiscalizar e cobrar, o débito só tende a crescer.

Enquanto o sonegador é premiado por refinanciamentos, a reforma prejudica a base da pirâmide. Aumentou o tempo de contribuição e diminuiu o valor da aposentadoria. Para exemplificar, se 35 milhões de pessoas recebem pouco mais de um salário mínimo, e se cada beneficiário sustentar três pessoas na residência, já são 90 milhões de pessoas sobrevivendo dos benefícios do INSS. Complicado.

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