Um grito de resistência: Viva o 8 de março!

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Nesta sexta-feira, 8 de março, celebramos mais um dia internacional de luta das mulheres. Em todo o mundo são diversas as manifestações de apoio, seja pelas conquistas já alcançadas, mas principalmente para lembrar os enormes desafios encarados por elas nos mais diversos campos de atuação. No Brasil, em que pese alguns tímidos avanços, ainda predomina para muitas a violência, o assédio, a misoginia, a invisibilidade, a desigualdade salarial e de oportunidades. Trata-se de um dia, portanto, para se lembrar de grandes barreiras que ainda devem ser superadas.

Números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam que, em 2022, uma mulher foi morta a cada seis horas no país. Ao todo, foram 1.437 vítimas de feminicídio em 2022, um aumento de 6,5% em relação aos 1.347 registrados em 2021.

Além disso, segundo a pesquisa “Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, realizada pelo DataFolha e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em março de 2023, o equivalente a 30 milhões de mulheres foram assediadas sexualmente no ano de 2022.

O mundo do trabalho ainda nos traz números que demonstram a dimensão do que se enfrenta ainda hoje.  Segundo pesquisa da FGV, no Brasil, 65% dos trabalhos de cuidados não remunerados, comumente feitos em casa, são realizados por mulheres. Junte-se a isso as dificuldades de ascensão profissional, salários reduzidos, ameaças e intimidações, inclusive na política.

Compreendemos, portanto, que o 8 de março deve mobilizar a sociedade como um todo, pois trata-se de uma data eminentemente política em que as pautas e o enfrentamento a todas essas questões devem ser colocados em pauta, discutidos e refletidos. Que o 8/3 não seja apenas de homenagens – sim, estas são mais que merecidas – mas que possa inspirar a construção uma sociedade antimachista para todas as mulheres.

Viva o 8 de março!

AFBNB Firme na luta!

 

                  

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