A GREVE NACIONAL dos bancários completa oito dias hoje

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A força do movimento, demonstrada desde a primeira hora, ainda não foi o suficiente para dobrar a intransigência e empáfia dos patrões – dos setores privado e público – os quais, alheios à realidade dos que constroem os lucros e resultados dos bancos, os trabalhadores, até o momento não se dignaram em apresentar proposta que seja negociável e até mesmo aceitável.


Na única negociação após o início da greve, ocorrida na última sexta-feira (9), apresentaram um índice miserável de 7% mais um abono de R$3.200,00. Como não poderia deixar de ser, ouviram um sonoro NÃO na hora, o que certamente aconteceria caso tal imoralidade fosse submetida à apreciação da base em assembleias da categoria. Hoje está agendada mais uma negociação.


Caso o diapasão permaneça o mesmo, não tem outro rumo a se tomar. É ratificar o NÃO e fortalecer o movimento paredista. Do ponto de vista específico, e fazendo referência ao setor público, necessário se faz, mais do que nunca, o fortalecimento da GREVE, para pressionar as direções dos bancos à negociação positiva quanto às reivindicações dos funcionários.


No Banco do Nordeste do Brasil (BNB), por exemplo, está marcada negociação para hoje à tarde. Assim, espera-se – e é prudente – que o Banco de fato quebre não só o silêncio, mas acima de tudo a cultura de embromação que tem caracterizado as negociações coletivas há anos. Já está passando da hora de a gestão do BNB entender de uma vez por todas que é sua obrigação estabelecer uma política de Recursos Humanos verdadeiramente HUMANA, respeitosa, harmoniosa…


Neste intuito, esta deve tomar medidas que apontem no sentido de humanizar as relações de trabalho. Isto passa pelo instituição de um plano de cargos e salários digno, dignidade previdenciária e de saúde, fim do trabalho gratuito, fim das práticas de dano e assédio moral, convocação dos aprovados em concurso para suprir a carência de pessoal, respeito ao princípio constitucional da Isonomia de tratamento, reintegração de colegas demitidos injustamente em conjuntura de exceção política no passado, o estabelecimento de uma melhor política de segurança, entre outros itens necessários.


Esta deve ser a marca que deve ficar nas negociações, ou seja, deve ser o comportamento autêntico e firme dos comandos de negociação, os quais devem corresponder aos anseios da base, fazendo essa representação e exigências junto à classe patronal. Devem, portanto, deixar bem registrado que propostas que não contemplem esses aspectos não são dignas de aceitação, não sendo sequer apreciáveis pelas assembleias. É não, na hora! E com isso a GREVE continua.


Source: Notícias – 300

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