AFBNB defende BNB e fundos constitucionais em programa Mundo do Trabalho

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A diretora-presidente da AFBNB, Rita Josina Feitosa, participou na manhã de ontem (2/8) do programa Mundo do Trabalho, que abordou o desmonte dos bancos públicos regionais causados pela MP 1052/21. O tema foi abordado também por Gustavo Tabatinga Jr. (Contraf-CUT), Andrea Gonçalves (AEBA) e o presidente do Sindicato dos Bancários e vereador por Salvador, Augusto Vasconcelos.

Rita contextualizou as ações que a AFBNB vem trabalhando desde que a Medida Provisória foi editada, bem como em outros momentos, destacando que a Associação já nasceu com esse desafio de acompanhamento e enfrentamento de medidas que afetam o BNB e o desenvolvimento regional.

Ao reduzir as taxas pagas aos bancos regionais pela administração dos fundos constitucionais, a “MP flexibiliza, abre precedentes, joga para o mercado a sua gestão e abre portas para que outras instituições que não as públicas possam gerir o fundo, e aí é o grande problema”, afirma a dirigente, ressaltando a governança forte do Banco na aplicação dos recursos do FNE, a expertise dos trabalhadores da Instituição, capacitados e conhecedores das especificidades do fundo.

Gustavo Tabatinga falou da estratégia da Contraf de deixar caducar a MP, informando que estão dialogando inclusive parlamentares contrários à classe trabalhadora, com o argumento mobilizador de defesa de manutenção de recursos para as duas regiões – Norte e Nordeste.

Andrea Goncalves, da Associação soe Empregados do Banco da Amazônia, destacou o diferencial do BASA na aplicação e acompanhamento do crédito na região Norte com toda a sua complexidade, a exemplo da dificuldade de acesso a certas regiões. Ela reforçou o motivo pelo qual os fundos constitucionais foram criados: para contribuir com a diminuição das condições de desigualdade entre as regiões. “Aqui nós temos problemas de energia, de acesso, de internet, de comunicação. Nós precisamos desse fundo, precisamos que o Governo subsidie para que os empreendedores locais possam gerar emprego e renda”, afirmou.

Augusto Vasconcelos reforçou que a Medida não pode ser vista como algo isolado, mas como parte de uma agenda liberal impetrada pelo Governo Federal e que vai em sentido contrário ao que acontece em outros países do mundo, “Até as nações que advogam a tese neoliberal usaram de expediente de financiamento de longo prazo. O Reino Unido por exemplo criou mais um banco público para financiar sua infraestrutura”, destacou.

Assista o programa na íntegra aqui.

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