Postado dia: 02/08/2021 – 11:12
Na luta em defesa dos bancos públicos (BNB, BASE e BB) e dos fundos constitucionais de financiamento (FCO, FNO e FNE), os prejuízos da MP 1052/2021, que pode comprometer as atividades produtivas e impactar nas economias regionais, foram discutidos nesta segunda-feira (02/08). A Medida Provisória é mais um ataque do governo Bolsonaro ao Estado, assim como as privatizações e o enfraquecimento das empresas públicas.
Na live do Programa Mundo do Trabalho, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, alertou que tudo isso faz parte de uma mesma agenda ultraliberal que não deu certo em lugar nenhum do mundo. “Estamos montando uma trincheira contra o desmonte do Estado Nacional”. Destacou que pela MP a União passa a utilizar recursos do Fundo Garantidor de Infraestrutura no limite de R$ 11 bilhões para desenvolver projetos de concessão e de parcerias público-privadas.
A articulação com as bancadas do Norte e Nordeste para barrar a Medida Provisória foi reforçada durante o debate. “Estamos defendendo os recursos das regiões no parlamento. A Medida tira dinheiro do Norte, Nordeste e Centro Oeste para colar no Sudeste e Sul”, destacou o secretário-geral da Contraf, Gustavo Tabatinga Jr.
A diretora-presidente da AFBNB (Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil), Rita Josina, afirmou que a MP integra um projeto neoliberal de aniquilamento do Estado. A redução das taxas de administração das instituições que gerem os fundos – Banco do Brasil, Banco da Amazônia e BNB – é um exemplo.
Para Andrea Gonçalves, diretora regional da AEBA (Associação dos Empregados do BASA), com a MP 1052 o governo quer diminuir a estrutura criada através dos fundos nas regiões. “Esses recursos são fundamentais para que os empreendedores consigam gerar emprego e renda. A MP se trata de uma política nefasta para toda sociedade e precisamos combater”.