Apagão no Amapá revela riscos e perigos da privatização da energia

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No 5º dia do apagão, o fornecimento de energia elétrica começou a ser restabelecido lentamente no Amapá no sábado (7) com rodízio em turnos de seis horas. O Ministério das Minas e Energias prevê que o serviço deve voltar ao normal até o fim da próxima semana.

Ao menos 13 dos 16 municípios do Estado foram afetados pelo blecaute causado por incêndio em uma subestação de energia na noite de terça-feira. Amapaenses relataram dificuldade para conseguir água e comida na semana. Cerca de 90% dos 860 mil moradores do Estado chegaram a ficar sem luz.

O apagão é fruto da política de privatização e entrega de serviço tão essencial e estratégico à exploração de capitalistas estrangeiros, cujo único interesse é a maximização dos lucros.

A empresa responsável é a espanhola Isolux, que tem histórico de maus serviços prestados em outros países, mas quem está fazendo o conserto são os trabalhadores da Eletrobras, que o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) quer privatizar. As empresas que compram estão de olho exclusivamente nos lucros, demitem técnicos experientes e contratam pessoal com menos qualificação para pagar menos e ainda reduzem o quadro de pessoal.

Em 2014, a Isolux deu um prejuízo de US$ 476 milhões ao estado norte-americano de Indiana, onde também prestava serviços, segundo o diretor do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIU/MA), Wellington Diniz. E agora dá prejuízo ao Brasil e ao povo do Amapá.

O grupo multinacional que controla a concessionária Linhas do Macapá não conseguiu resolver o problema e pediu socorro para os trabalhadores da  Eletrobras. A estatal brasileira está enviando técnicos dos estados do Pará, Maranhão e Rondônia para ajudar no reparo. O problema é que nem um gerador substituto, nem peças de reposição, a Isolux possui no local.

Com informações da CUT

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