O BNB surgiu em 1952, com a missão inicial de auxiliar na redução das desigualdades sociais presentes no polígono das secas, firmando-se como uma instituição sustentável. Relevante gestor de fundos constitucionais, como o FNE, que costuma adotar elevados padrões de governança corporativa, o Banco detém o título de maior instituição da América Latina voltada para o desenvolvimento regional, além de possuir um quadro de colaboradores reconhecidamente diferenciado, referência para os setores público e privado, tendo revelado secretários de governo, governadores, presidentes e vice-presidentes de grandes corporações.
A privatização do BNB é algo anacrônico, na medida em que está se falando de uma instituição especialista na condução de políticas públicas que não estão no plano de negócios de instituições privadas, como, por exemplo, a distribuição de renda e geração de empregos no Nordeste brasileiro. A possível fusão com o BNDES promoveria um distanciamento das ações necessárias e customizadas ao desenvolvimento local, podendo acentuar desequilíbrios econômicos, financeiros e sociais.
Vivemos tempos em que a tecnologia e a inovação se fazem presentes. Nesse contexto, existe espaço para um processo continuado de melhorias junto ao BNB, proporcionando maior bem-estar para a sociedade e a todos os seus stakeholders. Intervenções na simplificação de processos, gestão de pessoas, desenvolvimento de softwares, meritocracia, dentre outros, são aspectos que devem ser observados sempre pelos controladores do BNB, assim como em qualquer outra instituição que deseja uma atuação longeva.
Raul dos Santos Neto Vice-presidente do Ibef Ceará