Por Dorisval de Lima, diretor de comunicação da AFBNB
Greve nacional e unificada dos bancários: o setor financeiro é o mais lucrativo do país a custa de muita exploração do trabalhador, extorsão da sociedade (altas taxas de juros e tarifas), demissões, altíssimos spreads (diferença a maior da taxa que empresta em relação à que capta), aumento da taxa SELIC (dívida pública) e outras artimanhas especulativas…
Só no primeiro semestre desse ano, no Brasil, os quatro maiores bancos (Santander, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil) lucraram cerca R$ 37 bilhões, o que demonstra que para os banqueiros não existe crise. Apesar desse resultado, os patrões (bancos privados e públicos) não tiveram o menor pudor em apresentar uma proposta miserável de reposição salarial de apenas 5,5% e um abono de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), bem aquém da inflação do período, calculada em 9,88%.
Como parte desse massacre e descaramento já anunciaram uma elevação dos vencimentos dos altos executivos (diretorias) em índices bem superiores à inflação em vários casos. O BNB, por exemplo, está impondo uma redução de despesas administrativas em 30%, sem fundamentar os detalhes da medida e sem discutir com a base sobre a questão. Isso pode inclusive impactar na execução dos negócios do Banco e gerar mais pressão sobre os funcionários para o alcance dos resultados. Segundo o Portal IG, a perspectiva do aumento na remuneração da diretoria é de 26,,2%. Isso é inaceitável! É desrespeitoso e contraditório diante da realidade de contenção de despesas anunciadas pelo Banco.
Eis aí mais um motivo para o recrudescimento da GREVE, na perspectiva da obtenção de conquistas, do atendimento das demandas específicas, acima de tudo, Isonomia de tratamento. Vamos à luta, colegas! Só a luta muda a vida! Mais do que nunca, GREVE pra valer.
Source: Notícias – 500