BNB: negociação sobre Saúde e Previdência termina sem avanço

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Na última sexta-feira, dia 29/7, o Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), concluiu a apresentação de todas as reivindicações da pauta específica dos funcionários. O bloco em debate nesse dia abordou, principalmente, as cláusulas referentes à Saúde e Previdência, mas sem avanços. A reunião aconteceu na sede administrativa do BNB, em Fortaleza.

“Abordamos os temas relativos à Camed e Caperf e, muito embora, não tenhamos tido sinalização positiva por parte da empresa, tivemos outras negociações onde o Banco ficou de analisar nossas propostas e trazer a resposta na próxima rodada de negociação que está marcada para o próximo dia 5 de agosto”, avaliou o secretário geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga.

“Tivemos na reunião desta sexta a conclusão de todas as cláusulas elencadas pelo movimento sindical, mas sem os avanços esperados pelos trabalhadores na feitura da minuta dos funcionários do BNB. Esperamos que, a próxima negociação, no dia 5 de agosto, traga as respostas, que sejam recebidas de forma positiva atendendo aos anseios dos funcionários para a renovação do acordo coletivo de trabalho e garantindo os direitos do funcionalismo do BNB”, reforçou o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará e da Fetrafi/NE, Carlos Eduardo.

Inicialmente, os trabalhadores abordaram a necessidade de aporte de recursos para a Caixa de Previdência dos funcionários do BNB (Capef) e da revisão dos planos de benefícios (BD e CV-1), visando minimizar deficiências que impedem os funcionários mais antigos de se desligar do banco após a aposentadoria pelo INSS, por exemplo. O Banco informou que algumas decisões relativas ao plano de benefícios precisam de autorização da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) e que é necessário um debate mais aprofundado sobre o tema, fora da mesa de negociação sobre a campanha salarial e seria levada à mesa permanente posteriormente. Quanto à democratização da Capef, o Banco também informou que seria avaliada em uma discussão posterior.

Com relação à Camed, a representação do funcionalismo solicitou melhorias no atendimento e no credenciamento, mas o Banco se limitou a dizer que, em linhas gerais, os funcionários são bem atendidos e que até os maiores planos de saúde enfrentam problemas de credenciamento. Quanto ao reajuste do plano, a direção do BNB afirmou que, infelizmente, os custos dos insumos e dos remédios estão muito altos e precisam ser atualizados com o mercado e que estuda uma forma de reajustar sem onerar demais os funcionários, mas sem deixar o plano operando deficitariamente. Os dirigentes sindicais sugeriram ainda a criação de um Conselho de Usuários da Camed, que seria como um termômetro do que o associado está enfrentando e o Banco afirmou que está analisando isso para o futuro.

Exames médicos – Os sindicalistas solicitaram o abono dos dias necessários para realização de exames periódicos, exames sem diferenciação de função e ressarcimento para quem precisar se deslocar para realizar os exames. O Banco afirmou que a função é fundamental para definir os exames solicitados, pois funções maiores ofereceriam maior nível de stress e que já pratica um tratamento humanitário com relação à saúde e os exames solicitados já estariam além do que a legislação exige.

Vacinação – O Comando Nacional solicitou que a campanha de vacinação oferecida pelo Banco abrangesse funcionários aposentados, dependentes e dirigentes sindicais. O Banco informou que a campanha já assiste todos os funcionários e, em alguns casos, familiares, mas negou a ampliação para aposentados.

Ginástica laboral – A CNFBNB informou que em muitas bases os funcionários estão reclamando sobre a suspensão da ginástica laboral. O Banco informou que vai lançar novo edital para contratar uma empresa e voltar a oferecer o benefício.

Reestruturação – A Comissão Nacional relatou ainda problemas com relação à reestruturação das agências, com a evolução do nível da unidade, mas não do comissionamento. O Banco disse que já está corrigindo essas distorções, mas solicitou ao movimento sindical que leve casos específicos para a direção analisar. Com relação a problemas de enquadramento no setor de cadastro, o Banco informou que ainda existem funcionários que não foram reenquadrados em novos setores, mas que está buscando readequar o funcionário na melhor função de sua competência.

Fonte: SEEB/CE

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