Brasil é um dos maiores produtores de lixo; reciclagem sólida é de 4%

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O Brasil está entre os cinco maiores produtores mundiais de lixo, segundo o Fundo Mundial da Natureza (WWF). Em 2022, de acordo com o panorama anual promovido pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o país atingiu a marca de 81,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos produzidos. Entretanto, as taxas de reciclagem e reutilização de produtos não seguem o mesmo padrão de crescimento, visto que somente 4% dos resíduos sólidos são reciclados, conforme dados da International Solid Wasted Association (ISWA) divulgados em meados do ano passado.

Com isso, há um grande volume de materiais que contaminam os diversos ecossistemas. Isso porque alguns metais, como aço e alumínio, precisam atingir idade mínima de 100 e 200 anos, respectivamente, para começar o processo de decomposição na natureza. Para as embalagens de plástico, esse tempo é ainda maior, podendo chegar a 450 anos. No caso da borracha, esse tempo pode variar, com alguns especialistas estimando em 600 anos para a sua total degradação.

Já quando se trata de lixo eletrônico, de janeiro a maio deste ano, o Programa Computadores para Inclusão, do Ministério das Comunicações (MCom), recebeu mais de 62,1 toneladas de equipamentos e itens eletrônicos da Região Sudeste do país. O Rio de Janeiro foi o estado que mais teve itens que foram recondicionados ou tiveram uma destinação adequada, totalizando 22,3 toneladas de eletrônicos.

“Todo este esforço que realizamos por meio do Programa Computadores para Inclusão reforça o comprometimento e a posição do Governo Federal contra o descarte de lixo em locais inadequados e o fomento à educação e conscientização da população para com o desenvolvimento sustentável, contribuindo com a preservação do meio ambiente”, comentou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

O Estado de São Paulo coletou mais de 22 toneladas de eletrônicos; em Minas Gerais foram mais de 17,6 toneladas; e no Espírito Santo foram 156,4 quilos. Além do impacto ambiental ligado ao descarte dos resíduos, a iniciativa possibilita a formação de jovens por meio de oficinas, cursos de manutenção e operação de computadores e beneficia entidades que promovem a inclusão digital de famílias em vulnerabilidade social.

Em todo o país, a iniciativa recebeu 257 toneladas de equipamentos e itens eletrônicos em 2023. O Nordeste foi a região que mais arrecadou, sendo 114,1 toneladas no total. Em seguida estão Sudeste, com 62,1 toneladas; Centro-Oeste, com 48,6 toneladas; Sul, com 10,9 toneladas; e Norte, com 9,5 toneladas.

Pela reciclagem dessas 257 toneladas coletadas, foi possível evitar a emissão de 455 toneladas de CO2. No que se refere ao consumo de água, estima-se que foram evitados o uso de 4,38 mil metros cúbicos. Também foi possível evitar o uso de 6.668,8 GJ de diesel, ou o mesmo que 156,6 toneladas do combustível.

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