
(Brasília-DF, 09/08/2021) Na manhã desta segunda-feira, 9, chegou no email da Política Real informação da ONU News sobre o relatório das Nações Unidas que prevê a temperatura global da superfície terrestre em evolução e continue aumentando até pelo menos meados deste século, considerando todos os cenários de emissões. O relatório Mudança Climática 2021: a Base das Ciências Físicas, foi adotado pelos 195 membros do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, Ipcc.
Até o fim deste século poderá ocorrer um aquecimento global acima de 1,5 ° C e 2 ° C, a menos que haja reduções profundas nas emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa nas próximas décadas.
O secretário geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, disse em sua conta no Twitter, hoje cedo, que a comunidade internacional deve agir “agora”.
“A evidência é irrefutável: as emissões de gases de efeito estufa estão sufocando nosso planeta e colocando bilhões de pessoas em perigo. O aquecimento global está afetando todas as regiões da Terra, com muitas das mudanças se tornando irreversíveis. Devemos agir com decisão agora para evitar uma catástrofe climática.”, disse.
Influência humana
O relatório realça a influência humana no aquecimento do planeta num ritmo sem precedentes pelo menos nos últimos 2 mil anos. Com isso, as consequentes mudanças na temperatura e nos extremos climáticos afetam todas as regiões do mundo.
O estudo destaca que alterações causadas pelas emissões de gases de efeito estufa no passado e no futuro serão irreversíveis daqui a séculos ou milênios. As mudanças mais destacadas serão em oceanos, geleiras e no nível global no mar.
O relatório é publicado após a atualização sobre a ciência e o clima de 2013, quando governos se preparam para apresentar planos de redução de emissões na Cúpula do Clima, COP-26, agendada para novembro em Glasgow, na Escócia.
Calor
Entre os efeitos de mudanças atribuídas à influência humana no oceano estão o aquecimento, a frequência de ondas de calor marinhas, a acidificação e a baixa dos níveis de oxigênio.
O estudo estabelece que esses efeitos continuem em longo prazo, pelo menos no resto deste século, afetando ecossistemas dos mares e pessoas que dependem deles.
Em cidades, fenômenos como calor e inundações fortes podem piorar com a maior precipitação em todas as regiões. Com um cenário de aquecimento global a 1,5 ° C haverá mais ondas de calor, maior duração de estações quentes e menos frio.
Para o aquecimento global a 2 ° C , os extremos de calor atingiriam mais frequentemente o nível crítico de tolerância para setores como agricultura e saúde. De acordo com o relatório, haverá mudanças em padrões de umidade e aridez.
Regiões subtropicais
Quanto ao ciclo da água, preveem-se chuvas mais intensas e inundações associadas. As secas serão mais intensas em muitas regiões e a precipitação deverá aumentar em zonas altas, diminuindo em grande parte das regiões subtropicais.
Em áreas costeiras continuará aumentando o nível do mar no Século 21. A situação agravará as enchentes em regiões costeiras baixas, bem como a ocorrência da erosão. Eventos extremos antes registrados a cada 100 anos nos mares podem ocorrer a cada ano.
É aguardado, ainda, o degelo do solo permanentemente gelado, o permafrost, e a perda da cobertura de neve sazonal. Esse fenômeno será acompanhado de derretimento de geleiras e glaciares, além da perda de gelo do mar Ártico durante o verão.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)