Coletivo de Saúde define vacina já como prioridade

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Em reunião de planejamento na última quinta-feira (25/2), o Coletivo Nacional de Saúde dos Bancários fez um levantamento dos principais problemas relacionados à saúde enfrentados pela categoria e definiu uma série de iniciativas para garantir a saúde e de melhores condições de trabalho. Entre as principais ações, está a defesa da inclusão dos bancários entre os trabalhadores com prioridade para a vacina contra a covid-19.

Em 2020, o plano do Coletivo era implementar um processo de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para debater questões prioritárias, como atenção aos adoecidos; prevenção, Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), qualidade dos serviços médicos oferecidos e as metas abusivas. Mas, a pandemia começou e as negociações inicialmente se concentraram em formas de proteger a categoria do coronavírus.

Após o primeiro momento, houve continuidade na negociação com os bancos em busca de soluções para vários problemas. Mas, o Coletivo Nacional de Saúde concluiu que os antigos problemas persistem e adquiriram novas formas, aprofundando a exploração e os impactos à saúde da categoria. As metas abusivas, por exemplo, continuaram a todo vapor, com as intensas cobranças, em uma situação atípica, de emergência, com o mercado desaquecido e impactando ainda mais na saúde dos colegas.

– O sofrimento físico e psíquico na categoria aumentou, surgindo mais um risco (além do ergonômico e psicossocial), o biológico (Covid-19), para tencionar e adoecer ainda mais os bancários.

– Os serviços médicos continuam sendo usados com o objetivo de se livrar dos indesejados, passo a passo com a reestruturação.

– O INSS conseguiu piorar, com mais dificuldades para acesso a benefícios e direitos. Aproveitam a pandemia para precarizar ainda mais.

– A digitalização dos processos se acelerou e novos desafios são colocados, como o home Office.

– Mudanças no modelo de negócios e na atividade econômica se aprofunda, com reestruturações, que já estavam no radar, sendo acelerado e aprofundado.

– Os bancos se escondem atrás da pandemia e aproveitam para ‘passar a boiada’, com mudanças legislativas, demissões se livrando de doentes, descomissionamentos, mudanças em cargos, ataque à jornada de 6 horas, entre outros ataques.

Para o Coletivo, este levantamento deixa claro que, em 2021 é importante a continuidade das negociações permanentes com a Fenaban sobre a pandemia. Deve-se buscar também a retomada da mesa de negociação permanente que tratava da qualidade dos serviços médicos e programas de prevenção, das metas abusivas e a atenção aos bancários doentes. Esses debates têm ligação com a pandemia, pois os problemas se agravaram, o adoecimento cresceu, surgindo um novo risco, o biológico e as metas abusivas continuam a todo vapor.

O Coletivo defende um plano de vacinação que tenha critérios transparentes baseados em requisitos científicos, nos quais as prioridades sejam estipuladas dentro de conceitos epidemiológicos. Por estes critérios, vai lutar para que os bancários, como categoria essencial e cujas características da atividade tem um potencial alto de transmissibilidade do vírus, sejam incluídos na lista de prioridades.

Com informações da Contraf

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