Cresce a escravidão moderna no Brasil

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É triste a realidade, mas a escravidão no Brasil só foi abolida no papel. Os dados recentes comprovam. Quase 2 mil pessoas foram resgatadas em situação de escravidão contemporânea em 2021 durante 443 operações. É o maior número de resgate desde 2013, quando 2.808 trabalhadores foram libertados.

As pessoas são submetidas a jornadas exaustivas, condições degradantes e restrições à locomoção em razão de dívidas. A estimativa é de que muito mais trabalhadores estejam em situação análoga a escravidão, mas, como o governo Bolsonaro reduziu em 50% a estrutura de fiscalização e combate ao trabalho escravo fica difícil para as equipes percorrer todo o território nacional.

Do total dos resgatados no ano passado, 90% eram homens, 80% se declararam negros ou pardos e 89% foram oriundos do meio rural. As atividades econômicas onde mais se encontram pessoas sujeitas à escravidão são colheita de café, soja, milho, castanha, casas de farinha, carvoarias, madeireiras e fazendas de gado.

Especialista alertam que a pandemia intensificou o quadro escravocrata no país. Ampliar a rede de atendimento para qualificar o trabalho e garantir a assistência necessária às vítimas de trabalho análogo à escravidão e o fim do ciclo de exploração seria o ideal. O Estado também precisa punir de forma rígida quem ainda pratica este tipo de crime. Mas o governo Bolsonaro faz pouco caso e até estimula a prática.

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