Há exatamente um ano os associados da AFBNB foram surpreendidos com um ataque do Banco quando este tentou interromper a liberação da presidente e dos dois diretores para o exercício do mandato, exclusivo à disposição da entidade. Ocorre que naquele ato quem teve a mirabolante ideia esqueceu que o Banco assinara um documento assegurando as liberações até o final do mandato (31/12/2016), o qual foi objeto de fundamentação na justiça, que por sua vez, por liminar, manteve as liberações. Aí “tiveram de engolir”.
Infelizmente esse fantasma ainda permanece, pois, após o mandado, como está posto, as liberações para a Associação não estão garantidas, tendo as cláusulas referentes sido excluídas do acordo coletivo de trabalho, o que não deixa qualquer dúvida de que não foi um ato unilateral, mas que contou com a preciosa colaboração de classe por parte de quem coordena o referido acordo pelo ” lado de cá das barricadas”. Tal ato representa um duro golpe contra 30 anos de historia, de muita luta em defesa dos trabalhadores e do próprio BNB; um verdadeiro atentado à organização dos trabalhadores, à democracia enfim.
Ocorre que, não contente com o aniversário de um ano desse lamentável e temerário episódio, o Banco lança outro ataque contra a AFBNB. Desta feita, em forma de ameaça da não liberação dos demais diretores para a reunião do pleno da diretoria, a qual ocorre mensalmente, e às vezes em periodicidade maior. A justificativa é que a liberação não pode ocorrer em dezembro para não prejudicar o alcance das metas. Podem acreditar, mas é isso mesmo! Estão dizendo que a não presença de uns poucos funcionários (12), por causa de um ou dois dias (pois nem todos destes necessitam de dois dias – somente 6), no último mês do ano vai prejudicar as metas da Instituição.
Deveriam inventar outra conversa para justificar mais esse ataque, que nada mais é do que uma represália contra a Associação pelo fato de esta, no cumprimento do seu papel, pela preservação dos direitos e benefícios dos funcionários do Banco, ter ingressado na justiça recentemente sobre a participação nos lucros e resultados (PLR), como já havia procedido sobre essa matéria em relação à 2012. Além disso, por ter adotado o mesmo procedimento sobre outras causas, como foi no caso da Caixa de Assistência Médica (Camed), quando em dezembro de 2013 o Banco de forma unilateral e autoritária excluiu os genitores dos associados da caixa médica do plano natural e os migrou para o plano família, acarretando assim um aumento abusivo aos trabalhadores, e cuja liminar em favor dos associados descumpre até hoje.
Oportuno se faz lembrar que em tentativa bem anterior de intimidar ou diminuir a ação da AFBNB, o Banco já havia cortado a comunicação eletrônica com o fim do acesso ao e-mail dos funcionários, medida adotada em outubro de 2013 por ocasião do processo eleitoral para a Associação. Tal ato, considerando o período em que se deu por si só expressa qual foi o real interesse, qual seja, impedir as informações em benefício dos escolhidos para a direção da entidade. Ledo engano! A base compreendeu e respondeu à altura.
Diante de mais uma atitude nada recomendável para as relações saudáveis, democráticas e harmoniosas, a nossa atitude não pode ser outra que não a que sempre tomamos: Resistência. Vamos resistir! As tentativas de golpes contra a democracia não podem passar.
Todo apoio à luta da AFBNB!
*Dorisval de Lima é diretor de Comunicação e Cultura da AFBNB
Source: Notícias – 400