Efeitos perversos da reforma nos bancos

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Uma pesquisa do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) traz um dado assustador. Os bancos impõem a reforma trabalhista aos bancários. O levantamento mostra que 56,6% dos desligamentos feitos em janeiro foram sem justa causa. Outros 32,7% a pedido do trabalhador.


Mas são os casos de demissão por meio de acordo – modalidade criada com a reforma trabalhista – que chamam atenção. Os bancários que saíram depois de acordo com o banco tinham remuneração média de R$ 2.182,40. Valor muito inferior à média geral, de R$ 6.512,12.


A pesquisa mostra ainda que as organizações financeira contrataram 2.599 bancários no primeiro mês do ano e desligaram 1.947. Saldo positivo de 652 novos postos de trabalho. Muito pouco para o setor que mais lucra no país. Só no ano passado, foram mais de R$ 60 bilhões. Tem mais, na Bahia, foram eliminados 11 postos de trabalho. 


Outro dado revela que a desigualdade de gênero na categoria continua. A média salarial das mulheres demitidas é 24% menor do que a dos homens. Entre as admitidas, a desigualdade salarial se acentuou. A diferença é de 28% para os bancários contratados.


No caso das bancárias desligadas, a remuneração era de R$ 5.650,00. As admitidas ganham em torno de R$ 3.116,00, enquanto a média salarial dos homens desligados era de R$ 7.406,00. Já os contratados recebem R$ 4.342,00.


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