Em sete anos, bancos cortam quase 80 mil vagas

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Mesmo sem ser afetado pelas crises com tanta gravidade, como é visível pela lucratividade, o setor financeiro é um dos mais cruéis com os empregados. Os banqueiros não têm dó nem piedade e demitem. De janeiro de 2013 a outubro de 2020, os bancos extinguiram 78.155 postos. Foram 303,7 mil demissões e 225,5 mil contratações no período.

Dados do levantamento do Dieese, com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ainda mostram que os saldos totais de postos de todos os anos entre 2013 e 2020 foram negativos para o setor bancário. O pior cenário foi visto em 2016, quando houve 20,6 mil desligamentos a mais do que contratações. Só navalha.

A justificativa das organizações financeiras para o enxugamento da estrutura é a transformação tecnológica e digital. Na prática, os bancos querem cortar despesas a todo custo. O setor bancário acabou os primeiros 10 meses de 2020 com um saldo negativo de 8.086 vagas, com 13,7 mil contratados contra 21,8 mil desligados no período. Um absurdo.

Em outubro, os bancos demitiram 6,8 mil bancários e contrataram apenas 1,3 mil novos funcionários. Ou seja, 5,6 mil postos de trabalho foram fechados no mês, apesar do lucro exorbitante. No terceiro trimestre, o BB, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander somavam em torno de 414,4 mil empregados. Uma queda 2,4% em relação a igual período de 2019, quando possuíam 424,5 mil.

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