Enquanto o Brasil se afunda na crise, com aumento do desemprego, fome e miséria, por conta da política ultraliberal do governo Bolsonaro, três gigantes do sistema financeiro, Santander, Itaú e Bradesco, viram a lucratividade decolar no terceiro trimestre do ano.
O lucro líquido recorrente do Itaú, que exclui itens extraordinários, teve elevação de 34,8% no terceiro trimestre de 2021 na comparação com o mesmo período do ano passado. Os ganhos somaram nada menos do que R$ 6,779 bilhões.
Apesar da inflação, as despesas operacionais da empresa aumentaram somente 1% em relação a 2020. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 10,25% no acumulado de 12 meses até setembro.
O Santander lucrou R$ 4,27 bilhões no trimestre, crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2020. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido chegou a 22,4%, a maior da história do banco, que aprovou a distribuição de R$ 3 bilhões aos acionistas.
O Bradesco também surfa na maré mansa. O resultado do terceiro trimestre alcançou a incrível marca dos R$ 6,767 bilhões, crescimento de 34,5% ante o mesmo período de 2020 e de 7,1% na comparação com o segundo trimestre deste ano.
As cifras altíssimas despertam a curiosidade de como, mesmo diante das crises econômica e sanitária, o sistema financeiro consegue lucrar tanto. Pois bem, recebeu a “mão amiga” do governo. Logo que a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou a pandemia, Bolsonaro liberou R$ 3,2 trilhões para os bancos renegociarem prazos para os créditos já concedidos.
Um ano depois, os bancos só tinham utilizado 23,7% desse valor. Ou seja, negaram socorro à população e às pequenas empresas durante a crise sanitária. Responsabilidade social zero.