Com constantes ataques do governo e da própria Caixa, um cenário de incertezas toma conta do Saúde Caixa. Os representantes dos empregados se preocupam com a possível extinção do convênio médico em futuro próximo. As resoluções 22 e 23 da CGPAR e a nova versão do RH 121 são apontadas como principais ameaças.
A limitação do percentual de participação a 8% da folha de pagamento ou percentual correspondente à divisão do valor da folha pelo custo do plano de saúde, usando como referência o exercício de 2017, acrescido de 10%, o que for menor está no topo dos problemas ocasionados pelas resoluções 22 e 23 da CGPAR.
As medidas ainda estabelecem que o valor a ser custeado pelas empresas não poderá ser superior a 50% do total da assistência à saúde e determinam a proibição da adesão de novos contratados, a restrição do acesso a aposentados, cobranças por faixa etária e carências e franquias.
Outro prejuízo é a nova versão do Manual Normativo RH 221, anunciada recentemente pela Caixa. A alteração tem o intuito de definir e disciplinar a inscrição, a renovação e o cancelamento de inscrição de usuários do Saúde Caixa, que substituiu o extinto RH 043. Clara demonstração que o banco não se importa com os empregados, principalmente os aposentados.
Um dispositivo da mudança ainda obriga que o aposentado deve manifestar o interesse de continuar sendo titular a cada cinco anos. Se não fizer, a inscrição será cancelada e não poderá ser readmitido.
Outras ameaças
Além das medidas, outro fator utilizado para tentar acabar com o plano é o formato atual de custeio do plano, que a Caixa propõe mudar. Hoje, as despesas assistenciais são divididas em 70% para o banco e 30% para os trabalhadores. Se a proporção for alterada, os custos da assistência aumentariam e o plano se tornaria financeiramente insustentável.