Os sucessivos saques do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), liberados pelo governo federal, seguem sendo uma grande ameaça à sustentabilidade do Fundo.
Um cálculo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) mostra que se não fosse as retiradas extraordinárias dos recursos, o acumulado de 2017 a 2020 somaria R$ 15,7 bilhões ao FGTS.
Nesse mesmo período, as modalidades de saques totalizaram R$ 96,6 bilhões e a arrecadação líquida acabou ficando negativa em R$ 58,3 bilhões. A situação seria ainda pior se não tivesse a transferência dos recursos do PIS/Pasep de R$ 22 bilhões.
Além de proteger os trabalhadores, o FGTS também tem uma importante função social e no desenvolvimento do país. Mas, o Congresso Nacional quer ampliar ainda mais os saques e alguns projetos estão em tramitação.