Gerentes denunciam pressão e assédio no BB

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24.10.22 card meta abusivas bb e5abe

O assédio e a pressão por metas tem sido uma constante para os gerentes gerais do Banco do Brasil. Relatos que chegaram aos sindicatos revelam que a direção do banco tem cobrado metas cada vez maiores dos trabalhadores, de uma forma nunca vista na empresa. São reuniões de áudio várias vezes ao dia, ligações no fim do expediente para cobrar o que já foi cobrado, além da exigência de entrega de uma planilha com a produção diária.

A exigência da planilha é vista como mais uma forma de assédio pelos gerentes, uma vez que o banco possui tecnologia para acompanhar todo o processo online. Eles consideram uma forma de torturar e produzir provas contra o gestor a respeito de sua capacidade.

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, alertou que “a gestão pelo assédio”, com base em metas cada vez mais abusivas e inatingíveis, impacta diretamente a saúde de todos os bancários, não só dos gerentes gerais. “Todos acabam sendo submetidos às mesmas pressões”, explicou. “A direção do BB precisa esclarecer a razão de estar acontecendo esse tipo de cobrança, várias vezes ao dia, e por que essa obrigação de uma planilha, além dos mecanismos de acompanhamento de funções que já existem na empresa”, completou.

As entidades sindicais vão cobrar explicação do BB sobre as metas abusivas e o assédio praticado contra os seus funcionários. A empresa sabe que esta política adoece os trabalhadores, mas insiste neste método inadequado de gestão.

Os bancários devem ficar atentos a estas manobras, que mostram como o atual governo tenta enfraquecer o Banco do Brasil, através do fechamento de agências, redução e adoecimento do quadro de funcionários. A ideia é diminuir o papel do banco para depois entregar ao capital privado.

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