O BNB e os produtores rurais

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Por Flávio Viriato Saboya Neto Presidente da Faec e do Conselho de Administração do Senar-CE

Os resultados proporcionados pelo Banco do Nordeste do Brasil através de seu competente quadro de pessoal, confirmam a dimensão socioeconômica do banco. Segundo dados divulgados por esse estabelecimento de crédito, somente em 2018 foram mais de R$ 43 bilhoes injetados na região nordestina nos diversos setores da economia, sendo R$ 32 bilhões com recursos do FNE (Fundo de Financiamento do Nordeste), R$10 bilhões do microcrédito e o restante de outras fontes.

O FNE é a principal fonte de recursos utilizada pelo Banco do Nordeste desde a criação dos fundos constitucionais federais, em 1989. Sua aplicação volta-se à redução da pobreza e das desigualdades inter e intrarregionais, por meio do financiamento de setores produtivos, em consonância com o plano regional de desenvolvimento.

Para isso, dos recursos totais do FNE aplicados anualmente pelo BNB na área de atuação da Sudene, pelo menos, metade destina-se ao semiárido. No caso do Ceará, onde 98% da sua área está localizada no semiárido os benefícios são imensuráveis. E as respostas dos nordestinos a esses investimentos são visíveis, primeiro, houve um aumento considerável do PIB da região, de 4,3% ao ano, entre 2004/2013, superior à média nacional, de 4% ao ano.

O Banco do Nordeste é hoje o principal agente financeiro da região para o setor rural. Foi através da oferta de várias linhas de crédito, que os produtores nordestinos encontraram mais oportunidade para aumentar a sua capacidade produtiva. Não é demais lembrar importantes programas lançados pelo banco como o FNE Rural, FNE Àgua, FNE Irrigação, FNE Aquipesca, FNE Sol, FNE Verde e o FNE Inovação. Em 2005, o microcrédito orientado chegou à zona rural com a criação do programa Agroamigo, que já ultrapassa a marca de 1 milhão de clientes.

Na qualidade de produtor e representante legítimo dos produtores rurais cearenses, conclamamos ao novo governo pela manutenção do BNB e por uma maior injeção de recursos do FNE.

FLÁVIO VIRIATO DE SABOYA NETO

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