No Brasil das desigualdades e da falta de oportunidades, a juventude está sem perspectiva e encontra dificuldades para crescer nos âmbitos educacional e profissional. Um quarto da população brasileira entre 15 e 29 anos, ou seja, 11 milhões de jovens não estudam nem trabalham impedidos por barreiras relacionadas à pobreza e ao gênero.
O estudo do Banco Mundial “Se já é difícil, imagina para mim – uma perspectiva qualitativa sobre os jovens que nem estudam, nem trabalham no Brasil”, listou três obstáculos para os jovens: desmotivação pessoal, percepção de incapacidade e falta de políticas públicas.
No caso da desmotivação pessoal, para voltar aos estudos ou ao trabalho, as meninas são as mais prejudicadas, por serem levadas a crer que devem ser donas de casa ou mães, sem participar ativamente do mercado de trabalho.
A falta de perspectiva faz com que muitos jovens se desmotivem a estudar ou conseguir um emprego. De fato, uma vaga, com todas as garantias e direitos, está difícil. Além disso, as dificuldades com transporte, falta de recurso e oportunidades de trabalho são outros fatores apontados como barreiras para a geração “nem-nem”.