Privatizar não é saída para os investimentos sociais

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O plano de privatizar as estatais segue a todo vapor. Agora, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, na tentativa de amenizar a aparência ruim de vender o patrimônio brasileiro, quer criar um fundo de recursos das privatizações para financiar obras e programas sociais. O objetivo é ter o apoio da população, sendo que as maiorias dos brasileiros é contra.

O governo Bolsonaro tem de onde tirar dinheiro para a proteção social. Bilhões de reais poderiam ser arrecadados para também gerar emprego e renda, se grandes fortunas fossem taxadas ou se fosse realizado auditoria na dívida fiscal. A saída não é vender empresas públicas como a Caixa, Banco do Brasil, Correios, Eletronorte, dentre outras.

Com a pandemia do coronavírus, a importância que estatais para o país ficou mais evidenciada pelo socorro prestado, especialmente pela Caixa com o pagamento do auxílio emergencial. A população tem rejeitado a ideia de privatização, por entender que se trata do patrimônio nacional capaz de equilibrar a economia nos momentos de crise.

Segundo anúncio do governo, o fundo de desinvestimento seria alimentado por uma fatia dos recursos das privatizações e da venda de imóveis da União, mas não faz sentido algum o processo. Economistas avaliam que a ação seria como utilizar novas riquezas que são propriedades do Estado para criar um fundo voltado para o desenvolvimento de áreas estratégicas, como educação e saúde. Mais uma desculpa para vender as estatais sob a justificativa de fomentar programas voltados para o povo, sendo que isso já é feito.

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