O ultraliberalismo atual é cruel. Enquanto uma pessoa ficou bilionária a cada 30 horas no mundo desde o início da pandemia, um milhão de cidadãos foram jogados na extrema pobreza. A estimativa da Oxfam é de que 263 milhões de pessoas passem a viver em extrema pobreza neste ano. O Brasil não foge à regra. A necropolítica negacionista do governo Bolsonaro jogou quase 5 milhões de pessoas na miséria total.
O país tinha 23 milhões de cidadãos vivendo abaixo da linha da pobreza no início de 2020. Hoje são quase 28 milhões, aponta a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Quer dizer, pelo menos 13% dos brasileiros sobrevivem com até R$ 290,00 por mês. Não à toa o número de pessoas que passam fome disparou e chega perto dos 20 milhões.
Enquanto vira às costas para a imensa maioria da população, o governo Bolsonaro beneficia um seleto grupo. A fortuna dos ricaços cresceu e em dois anos o país ganhou 10 novos bilionários. Agora são 62.
No mundo, segundo a Oxfam, são 2.668 bilionários que, juntos, possuem US$ 12,7 trilhões (R$ 61 trilhões). O valor é equivalente a 13,9% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial. O patrimônio do grupo aumentou 42% em apenas dois anos.
Emprego
O relatório da Oxfam aponta ainda que em torno de 125 milhões de pessoas perderam o emprego desde 2020 e a renda de 99% das pessoas despencou. No Brasil, são mais de 13 milhões de desempregados. Número que não cai. Só aumenta.