Não é um dia de celebração, mas uma data marcada por lutas contra a desigualdade e muito mais.
08/03/2022 às 09:53
Ascom/SEEB-MA
O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, não é um dia de celebração, mas uma data marcada por lutas contra a desigualdade de gênero, em defesa dos direitos e por uma participação efetiva das mulheres na vida política. Esse movimento de resistência em prol da emancipação feminina teve início em 1908, nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em favor da igualdade econômica e política no país. Na época, houve uma greve das operárias, que trabalhavam numa fábrica de confecção de camisas, em Nova York. Essas trabalhadoras costuravam aproximadamente 14 horas diárias e recebiam apenas entre 6 e 10 dólares por semana e decidiram reivindicar uma carga horária menor e salários melhores!
Em 1910, na II Conferência internacional das Mulheres, em Copenhague, Dinamarca, a feminista Clara Zetkin propôs que todas as trabalhadoras organizassem uma data especialmente para as mulheres, a fim de garantir o direito ao voto feminino. Por sua vez, em 1917, mulheres foram as ruas para se manifestar contra a fome ocasionada pela I Guerra Mundial. Elas convocaram toda a classe operária russa para protestar contra a monarquia, exigir alimentos e cobrar o fim da participação da Rússia na Guerra, protesto esse que ficou conhecido como “Pão e Paz”.
Já em 1921, na Conferência Internacional das Mulheres Comunistas, o dia 8 de março foi considerado um dia oficial de lutas em referência aos acontecimentos de 1917, na Rússia, então União Soviética. Em 1975, a data foi oficialmente reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Dia Internacional da Mulher. Um marco importante ocorreu, ainda, em 2006, quando a Lei n.º 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, foi sancionada, criando mecanismos de proteção à mulher contra a violência doméstica.
Desde então, a luta das mulheres por valorização, isonomia salarial, respeito, vez e voz na na política continua firme e forte, batalha por batalha, na esperança de que um dia a guerra contra o machismo, a misoginia, a violência e a desigualdade seja vencida!