A AFBNB encaminhou ontem (13 de agosto) ofício à presidência do Banco do Nordeste do Brasil reiterando a solicitação de não flexibilização do trabalho remoto e a suspensão do cronograma estabelecido para retorno presencial nas unidades do BNB, até que haja uma política de controle absoluto da pandemia, viabilidade que já se anuncia pela iminente política de vacinação.
Medida semelhante foi tomada em outras oportunidades pela AFBNB, em atendimento à demanda de seus associados e à preocupação geral da entidade com a vida dos trabalhadores do Banco.
O documento enviado ontem reitera os pontos apresentados nos ofícios enviados nos dias 2 de julho (relembre aqui ) e 28 de julho (relembre).
Confira:
Fortaleza, 13 de agosto de 2020
Ao Senhor
Romildo Carneiro Rolim
Presidente
Banco do Nordeste do Brasil
Nesta
Assunto: Combate ao Coronavírus – retorno atividades presenciais
Prezado Presidente,
Os altos índices de acometimento da Covid-19 decorrente da pandemia do “novo coronavírus” infelizmente seguem causando danos incalculáveis, de toda ordem, mas sobretudo quanto à saúde pública e à própria vida, haja vista os frequentes casos de perdas humanas.
Essa realidade traduz total insegurança à retomada do “curso normal da vida”, sendo que, em específico ao mundo do trabalho, antecipa uma notória incógnita quanto ao retorno das atividades presencias do contingente que se encontra em sistema de “trabalho remoto”, exatamente por prevenção ao problema, conforme preconizam as autoridades do setor. É oportuno reiterar que o sistema de “teletrabalho” é uma política acertada, coerentemente adotada pela gestão do BNB, nesse contexto da pandemia.
Assim, consubstanciado nessas premissas, considerando a proximidade do “retorno das atividades”, nos termos do cronograma já apresentado, o qual estabelece o próximo dia 17 como marco da segunda etapa, da mesma forma como procedera em etapas e situações pertinentes anteriormente, a AFBNB mais uma vez vem manifestar sua preocupação e necessária defesa da vida.
Reiteramos todos os pontos apresentados nos ofícios enviados nos dias 2 de julho e 28 de julho, os quais resumimos abaixo:
- O isolamento social ainda é a maneira mais eficiente de evitar a propagação do vírus, a contaminação e a morte das pessoas;
- O “teletrabalho” foi uma das medidas adotada em todo o mundo com base nas orientações dos organismos de saúde visando não apenas reduzir a aglomeração no ambiente de trabalho, mas também para contribuir com a política maior de distanciamento social, sobretudo no tocante à circulação das pessoas, para dessa forma mitigar os efeitos da pandemia;
- O Brasil contabiliza o trágico número de 104 mil mortes causadas pelo Covid-19, em um platô assustador de mil mortes/dia, no universo que já ultrapassa o número de 3,1 milhões de casos;
- Não consta no país estabilização plena e/ou de uniformidade quanto à redução de casos, fato que expressa que a situação ainda não está sob controle. Registros dão conta de Unidades da Federação que retomaram as atividades e que se veem diante do crescimento dos casos, inclusive sendo obrigados a reeditarem medidas restritivas, a exemplo de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e estados da região Sul, além do forte alastramento para regiões no interior do Nordeste;
- Especialistas e demais autoridades da área de saúde fundamentam com evidências que a única forma verdadeiramente eficaz que se vislumbra para que a situação seja contornada é pela imunização em massa. Essa é uma possibilidade iminente, segundo registros quanto à conclusão de estudos/pesquisas e anúncio da possiblidade de que venha a ocorrer até o início do próximo ano.
Com base no exposto, ratificamos o que está fundamentado nos documentos anteriores em torno da Matéria e reiteramos o pleito para que não ocorra flexibilização na dinâmica do BNB. Nestes termos solicitamos a suspensão do cronograma estabelecido e que o retorno ocorra somente após uma política de controle absoluto da pandemia, viabilidade que já se anuncia pela iminente política de vacinação.
Cordialmente,
Rita Josina Feitosa da Silva
Diretora-presidente
Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (AFBNB)