O Coletivo Nacional de Saúde dos Bancários se reuniu na última sexta-feira (17/9), por videoconferência, para debater as condições de trabalho e a saúde da categoria. No centro do debate, o retorno ao presencial dos trabalhadores de grupo de risco, as sequelas da Covid-19, os protocolos de prevenção ao contágio no ambiente de trabalho e a retomada da mesa permanente de negociações sobre saúde com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Para os integrantes do Coletivo, não é o momento para o retorno dos bancários do grupo de risco aos locais de trabalho, pois ainda não segurança para isso, devido à vacinação lenta da população e o surgimento de novas variantes do coronavírus no país. Eles reforçam também a necessidade de negociação com o movimento sindical sobre o retorno, a fim de adoção de medidas que garantam a saúde dos trabalhadores.
Os dirigentes sindicais acreditam que uma eventual volta do grupo de risco, quando a situação estiver segura, somente deve ocorrer com a vacinação completa e a realização de exames de retorno para avaliar as reais condições de saúde.
O Coletivo demonstrou preocupação também com as sequelas da covid-19 na categoria. Muitas pessoas que tiveram a doença têm apresentado problemas que limitam a atuação e o desenvolvimento do trabalho. A cobrança é para que os bancos avaliem as reais condições de todos os trabalhadores que tiveram Covid-19, garantindo afastamento, se necessário, e tratamento adequado.
Para o Coletivo, os serviços médicos dos bancos precisam mudar de postura e serem voltados para atender, acompanhar e garantir tratamento às pessoas e não ser um apêndice dos departamentos de pessoal e jurídico.
Na reunião, os dirigentes sindicais reafirmaram a importância da adoção de protocolos claros para mitigar a chance de contaminação pelo coronavírus nos locais de trabalho. Os bancos precisam garantir um ambiente seguro para os bancários que continuam no presencial. Para isso, defendem a adoção de protocolos unificados em todas as empresas, que possam assegurar ambientes ventilados, espaços entre as mesas, além de fácil acesso à equipamentos de proteção pessoal contra a covid-19. Defende também a testagem frequente dos trabalhadores, afastamento dos casos suspeitos e de todos que tiveram contato com eles, além da higienização constante das agências.
O Coletivo ressaltou também a importância de retomar a mesa de negociação permanente sobre saúde com a Fenaban. Isso se torna ainda mais importante neste momento, pois tem crescido o número de bancários acometidos por doenças ocupacionais e psicológicas, em virtude da pressão por metas e medo de demissão nos bancos.