Federações do NE saem em defesa do BNB, em Brasília

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Tendo como pauta a defesa de manutenção do Banco do Nordeste (BNB), todos os presidentes de federações do Nordeste participaram, ontem, em Brasília, de uma reunião da Comissão Nacional de Desenvolvimento da Região Nordeste, da CNA. Na oportunidade, o presidente da instituição financeira, Romildo Rolim expôs as ações do banco para os representantes das federações nordestinas.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Flávio Saboya, que também esteve presente, o BNB é, hoje, o principal agente financeiro da região para o setor rural. “Foi através da oferta de várias linhas de crédito que os produtores nordestinos encontraram mais oportunidade para aumentar a sua capacidade produtiva. Não é demais lembrar importantes programas lançados pelo Banco como o FNE Rural, FNE Água, FNE Irrigação, FNE Aquipesca, FNE Sol, FNE Verde e o FNE Inovação”, destacou o dirigente.

Saboya lembrou que, em 2005, o microcrédito orientado chegou à zona rural com a criação do programa Agroamigo, que já ultrapassou a marca de 1 milhão de clientes. Segundo dados do BNB, os financiamentos dessa modalidade, entre 2017/2018 chegaram a R$ 2.532 bilhões e os financiamentos, via Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), a R$ 32.653,3 bilhões – dos quais R$ 43.586,90 bilhões somente no Ceará, em 2018. Se comparado ao valor aplicado no Ceará em 2017, de R$ 26.440,80, a variação anual foi de 65%.

Importância
“O FNE é a principal fonte de recursos utilizada pelo Banco do Nordeste desde a criação dos fundos constitucionais federais, em 1989”, enfatizou Flávio Saboya. Sua aplicação volta-se à redução da pobreza e das desigualdades inter e intrarregionais, por meio do financiamento de setores produtivos, em consonância com o plano regional de desenvolvimento. Para isso, disse o presidente da Faec, dos recursos totais do FNE – aplicados anualmente pelo BNB na área de atuação da Sudene – pelo menos, metade destina-se ao Semiárido. “Mini, micro e pequenos empreendedores são clientes preferenciais e há conjugação do crédito com a assistência técnica. No caso do Estado do Ceará, onde 98% da sua área está localizada no semiárido, os benefícios são imensuráveis”, ressaltou.

Na visão do dirigente, as respostas dos nordestinos a esses investimentos são visíveis. “Primeiro, houve um aumento considerável do PIB da região, de 4,3% ao ano, entre 2004/2013, superior à média nacional, de 4% ao ano e a participação de energias renováveis, com a integração logística e portuária entre os Portos do Pecém, Suape e Salvador. O BNB vem apoiando na abertura do canal da transposição do Rio São Francisco, como também, a Transnordestina”, completou Saboya .
Reconhecida como a maior instituição da América Latina voltada para o desenvolvimento regional, o BNB é patrimônio dos nordestinos, como bem disse o senador Mauro Benevides, um dos signatários da criação do FNE. Na qualidade de produtor rural e representante legítimo dos produtores
Agenda
Desde o dia 27, Saboya participou de outra reunião da mesma comissão, com o objetivo de tratar de vários assuntos. Entre eles, a apresentação do Programa CNA/Senar de alimentos artesanais e tradicionais do Brasil; atualização do projeto “Forrageiras para o Semiárido”; e relato das tratativas com as embaixadas da Austrália e de Israel sobre parcerias voltadas ao desenvolvimento da agropecuária na Região Nordeste. Ele esteve, também, em audiência com o secretário de Política Agrícola/SPA/Mapa, Neri Geller, para tratar de assuntos de interesse dos produtores cearenses.

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