Justiça fiscal para frear desigualdades 

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A constatação do relatório da Oxfam Brasil mostra que, por ano, o imposto arrecadaria cerca de US$ 1,5 trilhão (R$ 7,5 trilhões), o que permitiria ao mundo cumprir as metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, além de investir US$ 546 bilhões em serviços públicos e ação climática nos países do G20.

Por Renata Andrade

Diante de tanta desigualdade no mundo, nada mais justo do que os mais abastados arcarem com mais responsabilidades sociais. Criar um imposto de 5% sobre as pessoas mais ricas do G20 arrecadaria recursos suficientes para acabar com a fome global e ajudar países de baixa e média renda a se adaptarem às mudanças climáticas.

A constatação do relatório da Oxfam Brasil mostra que, por ano, o imposto arrecadaria cerca de US$ 1,5 trilhão (R$ 7,5 trilhões), o que permitiria ao mundo cumprir as metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, além de investir US$ 546 bilhões em serviços públicos e ação climática nos países do G20.

A tributação sobre a riqueza nos países do G20 corresponde a um quarto da arrecadação sobre o consumo. Assim, os impostos acabam pesando mais sobre a população mais pobre, de acordo com dados da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

A Oxfam ainda aponta que 32% da arrecadação dos países que compõem o G20 são da tributação de bens e serviços, como alimentos e outros itens essenciais, com impacto negativo maior sobre as famílias de baixa renda. Enquanto isto, apenas 8% vêm de tributos sobre renda e patrimônio.

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