Os trabalhadores do Banco do Brasil(BB) paralisaram suas atividades hoje (29) em protesto à reestruturação anunciada pela Gestão do Banco. A medida prevê o fechamento de centenas de agências, redução de outras, com a extinção da função de caixa e demissão de cerca de 5 mil funcionários . O dano social e econômico vai além: em muitos municípios O BB é a única instituição bancária a atender a população, o que não deixa dúvida de que o enfraquecimento da instituição prejudicará sobremaneira a todos, com forte impacto negativo para a economia local.
Como já afirmamos em outra ocasião (relembre aqui) o que acontece hoje não é apenas uma reestruturação e sim mais uma peça que se move no cenário de destruição de uma instituição pública séria, pública e que está a serviço de todos.
As medidas anunciadas não são isoladas, não sendo as mesmas direcionamentos circunscritos ao BB, mas sim peça de um projeto maior de destruição do que é público, para fins de favorecimento aos interesses e imposições do setor privado. Senão vejamos: de acordo com os dados oficiais, entre 2016 e 2019 o lucro líquido ajustado do BB apresentou crescimento de 122%, passando de R$ 8,033 bilhões em 2016 para R$ 17,848 bilhões em 2019. No mesmo período, o banco fechou 19% das agências e reduziu o quadro de pessoal em 16%.
Ou seja, não é questão de lucro, de retorno, de qualidade do serviço, de comprometimento do quadro funcional, da avaliação do público, sim um
direcionamento político a serviço do setor econômico que preconiza estado mínimo(para o povo), mas que não perde a oportunidade de se aproveitar do Estado.
A Diretoria da AFBNB reitera a imprescindibilidade dos bancos estatais para a economia e o desenvolvimento do país. Por isso, se soma aos trabalhadores do Banco do Brasil em sua luta contra o desmonte da Instituição, considerando que a ação é parte da luta maior contra as privatizações e pelo fortalecimento do serviço público a serviço da sociedade.