O descumprimento e o desrespeito da gestão do Banco do Nordeste aos instrumentos criados pela própria Instituição para regulação interna têm sido pauta permanente da AFBNB em reuniões e em documentos publicados. Os casos são vários, a exemplo do que ocorre no âmbito dos sistemas de avaliação, na política de comissionamento/descomissionamento e de concorrências que, ao longo do tempo, têm gerado resultados inesperados pelos trabalhadores, não condizentes com o real desempenho dos mesmos, uma vez que não levam em consideração o tempo e o histórico de desempenho na função.
A forma arbitrária como essa questão tem sido tratada gera insatisfação, desestímulo, insegurança e terror entre os trabalhadores. Além disso, prejudica a própria Instituição, por ocasionar descontinuidade nos processos, bem como banaliza a prática de nomeações por interinidade – em muitos casos sem a devida efetivação, fragilizando a própria estrutura de governança. Trata-se, portanto, de uma prática que vai de encontro à necessidade de se ter uma instituição forte com trabalhadores reconhecidos, respeitados e valorizados. Esse filme já passou algumas vezes no BNB e não foi bom para ninguém, muito menos para os funcionários.
O caso mais recente, repudiado publicamente pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão, cuja ênfase a AFBNB reitera, diz respeito ao descomissionamento de um trabalhador da agência de Chapadinha, o qual exerce a função há 12 anos, sob a “justificativa” de o mesmo não ter validado a carteira de clientes (leia mensagem do sindicato abaixo).
A Associação se solidariza com todos os trabalhadores vítimas desse processo, a exemplo do caso citado. Neste sentido, reafirma seu compromisso na defesa e ampliação dos direitos dos trabalhadores e de um Banco com políticas transparentes, eficazes, condizentes com uma instituição de desenvolvimento e que se paute pelos princípios e valores da democracia.
AFBNB na luta sempre, em defesa dos trabalhadores!
Nota do Sindicato dos Bancários do Maranhão
Essa e outras práticas não são novas no BNB.
Mudam os instrumentos de gestão, mudam presidentes, diretores, superintendentes mas as práticas nefastas permanecem.
Enquanto valorizarmos as comissões em detrimento dos cargos vamos ter sempre essas situações.
Desde quando o BNB passou a nomear os Superintendentes nos Estados por indicação Política, esta prática não me surpreende. Infelizmente acho que vai piorar
De fato, como bem disse o colega Edilson, são práticas antigas e que perduram lamentavelmente e que seus praticantes continuam a encontrar terreno fértil para agir, pois sabem que nada lhes acontecerá, pois não se tem a quem apelar; os entes existentes a exemplo da Comissão de Ética, num primeiro contato, já informa que não tem condição de reversão da injustiça praticada e diante de seu relato demonstrando a arbitrariedade e ilegalidade do ato praticado a sua pessoa, condicionam o prosseguimento da denúncia a apresentação de duas testemunhas colegas de trabalho. Fica difícil!