O salário mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 5.351,11, de acordo com estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Esse valor é 4,86 vezes o salário mínimo atual, que é de R$ 1.100.
Esse cálculo é feito de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese. Em maio, os dados indicaram que houve aumento no preço da cesta básica em quase todas 17 capitais estudadas. Apenas duas tiveram quedas neste valor. A cesta básica mais cara foi de Porto Alegre (R$ 636,96) e serve como base para o cálculo do salário mínimo.
O valor do salário mínimo ideal representa um aumento em relação ao mês anterior. Em abril, ele deveria ter sido de R$ 5.330,69, ou seja, 4,85 vezes o piso em vigor. Entre os aumentos nos valores das cestas básicas, as maiores altas aconteceram em Natal (4,91%), Curitiba (4,33%), Salvador (2,75%), Belém e Recife (ambas com 1,97%).
Depois do preço da cesta de Porto Alegre, as outras mais caras foram de São Paulo (R$ 636,40), Florianópolis (R$ 636,37) e Rio de Janeiro (R$ 622,76). Quando são observados os números dos cinco primeiros meses de 2021, Curitiba (12,68%), Natal (9,35%), Porto Alegre (3,46%), João Pessoa (3,46%) e Florianópolis (3,38%) aparecem com as maiores altas nos preços das cestas básicas. Já a maior queda no mesmo período foi de -1,87%, em Salvador.
E na comparação anual, o aumento do preço também fica evidente, pois cresceu em todas 17 capitais estudadas pelo Dieese. Veja o preço médio da cesta básica e as variações mensais nas cidades estudadas:
Porto Alegre: R$ 636,96 (+1,73%)
São Paulo: R$ 636,40 (+0,60%)
lorianópolis: R$ 636,37 (+0,29%)
Rio de Janeiro: R$ 622,76 (+0,12%)
Vitória: R$ 616,96 (+0,98%)
Curitiba: R$ 608,89 (+4,33%)
Brasília: R$ 588,24 (+0,15%)
Campo Grande: R$ 575,01 (-1,92%)
Goiânia: R$ 564,04 (+1,40%)
Fortaleza 532,21 (+1,32%)
Belém 515,84 (+1,97%)
Natal 501,70 (+4,91%)
João Pessoa 491,63 (+0,32%)
Recife 480,80 (+1,97%)
Salvador 470,14 (+2,75%)
Aracaju 468,43 (-0,26%)
Belo Horizonte também entrou no estudo, mas por mudanças na forma de levantamento de preços, o Dieese optou por não divulgar o valor da cesta básica na capital mineira.